Mais uma semana daquelas.

Sem tempo para nada, os filmes vão se acumulando e a vida vai ficando sem graça. Mas, com um pouco de cafeína, encontrei uma brecha e conferi essas três obras.

- Calvaire: drama/horror belga com toques de surrealismo.

- Sete Homens e um Destino: um dos melhores filmes do gênero "homem com uma missão". Pistoleiros sem rumo encontram num ato heróico e fatal, a redenção pra suas vidas vazias.

- Ong Bak 2: as novas e inacreditáveis acrobacias de Tony Jaa. Para este blog é o melhor espancador da atualidade.

Superman 2 Richard Donner cut

Este é o filme que o mundo deveria ter visto em 1980. Continuação direta do filme de 78, com cenas do filme anterior na sequência de abertura, Superman 2 foi mais um filme que sofreu com a nefasta interferência dos engravatados de Hollywood. Não suportando os constantes desentendimentos com os produtores, Richard Donner abandona a direção e sai levando com ele Marlon Brando, que em solidariedade, também deixa a produção. Com um novo diretor contratado (Richard Lester) e novas cenas adicionadas, Superman 2 é apresentado ao público com – entre outras cenas – começo e final diferentes. O filme que Richard Donner queria era muito mais denso e sério que o de Lester. O excelente roteiro de Mario Puzo enfatiza o amadurecimento do herói e aborda questões psicológicas; sem, no entanto, abrir mão da ação e da aventura. Depois de anos de especulação e espera, chega a sequência verdadeira do melhor filme de super herói de todos os tempos. Uma sequência á altura!

Barbarella: Jane Fonda e Vadin

Esses dois criaram essa obra-prima em 68.
Produzido pela lenda do cinema italiano, Dino DeLaurentiis, essa péroloa da ficção científica baseada no livro de Jean Claude Forest, contava ainda no elenco com as presenças dos grandes David Hemmings e Ugo Tognazzi.

Este blog começa sua decomposição hoje.

Iniciar este humilde blog com um filme especial é uma tarefa difícil mas obrigatória. Poderia citar os vários filmes que vi durante a semana, mas não ficaria feliz; tinha que representar algo para este blogueiro neófito. Aproveitei o momento em que estou revendo filmes que vi no passado, quando me enfiava nas locadora de VHS e passava quase -ou até mais de - uma hora chafurdando nos títulos das saudosas distribuidoras de filmes (Look, América, Mundial, Top Tape,CIC etc), para inaugurar este espaço com uma obra significativa: Zumbi 3 ou Let sleeping corpses lie.

Embora os filmes de Romero ocupem um lugar de destaque no meu gosto por filmes de cadáveres ambulantes e canibais, Zumbi 3 merece essa honra.

Por volta de 1990, estava eu em pleno sábado pela manhã à procura de filmes de horror para locar, já havia separado os filmes que a familia queria e começava a particular e difícil tarefa de escolher, no máximo, três títulos do gênero que mais me agradava. Como, na época já havia visto as duas partes da, naquele momento, trilogia dos mortos vivos de George Romero, selecionei logo Zumbi 3. Em casa, percebi de cara que este exemplar zumbiflix, não pertence aos imitadores italianos de Romero; era, na verdade, uma artimanha da distribuidora para promover seu filme. Não era um filme do Lucio Fulci nem do Brunno Mattei, mas de um cara chamado Jorge Grau.

Sinopse: Um sujeto pega sua moto em meio ao caos londrino, se dirige para o interior da Inglaterra. Ao parar num posto de gasolina, incidentalmente, encontra uma garota chamada Kinsey. Os dois seguem juntos até se depararem com umas pessoas que estão combatendo pragas no campo utilizando radiação. Esta radiação, lógico, reaviva cadáveres com fome de carne humana. Os mortos vivos começam a perambular pelos campos e em um hospital, onde encontram carne farta entre enfermeiras, médicos e pacientes.

O roteiro é simples, quase uma imitação de A Noite dos Mortos Vivos. Mas o Jorge Grau é um diretor competente e investe no clima claustrofóbico e no suspense bem construido; não dispensando as cenas de gore, onde policiais e enfermeiras têm sua entranhas devoradas pelos vorazes canibais.