segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Vingador Silencioso, de Sergio Corbucci


Um dos grandes eurowestern já realizados. O diretor dos westerns políticos, Corbucci, realizou em 1968 esse filme que é considerado sua obra-prima, o que não é pouca coisa para o cara que fez Django, Compañeiros! e The Mercenary. Trocando o sol escaldante do Novo México pelas geladas montanhas de Utah, O Vingador Silencioso é um filme surpreendente em vários aspectos: temos um herói que não dá uma única palavra durante o filme todo, temos um bandido sarcástico que, embora seja um canálha, age dentro da lei e, sobre tudo, um final que é um soco no estomago do espectador. Na trama, estamos nas montanhas cobertas de neve do estado de Utah. Um inescrupuloso e cruel empresário, expulsa da cidade de Snowhill quem discorda de seus métodos. Com o rigoroso inverno, os exilados são abandonados para morrer nos arredores da cidade. Não suportando tal condição, alguns se rebelam e começam a roubar para sobreviver. Assustado com os saques, os empresários que dominam a cidade, contratam grupos de mercenários para dar cabo dos rebeldes. Entres os mercenários, está o sarcástico e impiedoso Loco (Klaus Kinski) que persegue e executa sem piedade os rebelados. Agindo a serviço da justiça, os mercenários vão capturando e matando que até que um estranho pistoleiro chamado Silence (Jean-Luis Trintingnant), age em defesa dos famintos exilados. Com mais uma bela trilha sonora do onipresente Ennio Morricone e ótima fotografia de Silvano Ippoliti que soube tirar proveito das locações nas montanhas perto de Cortina d’Ampezzo, norte da Itália, The Great Silence é mais um exemplo da ousadia e da capacidade de Corbucci de discutir questões políticas através de seus filmes. É bom lembrar que o filme foi realizado em 68 e o mundo passava por um período de turbulência política, sobretudo na América Latina (o Brasil vivia o AI-5) onde grupos armados (grupos de extermínio) mantidos por empresário e banqueiros com apoio do Estado, agiam torturando e matando quem se manifestasse contra o modelo político/econômico imposto pelos EUA a America Latina. Junto com dois grandes atores, Cobucci criou uma fabula cruel e violenta como poucas vistas no cinema.

sábado, 11 de julho de 2009


Raça Selvagem, de Jody Dwyer


Feijão com arroz bem feito. Foi o que veio a cabeça após assistir essa película de horror australiana. No mesmo esquema de ”O Massacre da Serra Elétrica”, esse filme mantém o pique e prende sua atenção até o final. Na trama, um grupo de amigos adentra as selavas da Tasmânia (aquela do diabo) em busca de indícios que comprovem a presença de um animal (tigre da Tasmânia) considerado extinto. Não demora muito e são caçados por uma família de degenerados canibais caipiras. O diretor sabe construir cenas de suspense e não torna o “gore” gratuito, ou seja, muito sangue, mas na hora certa. Embora não tenha um pingo de originalidade (a Austrália prova com “Wolf Creek e Rogue” que sabe fazer ótimos filmes com fórmulas desgastadas), é uma ótima mistura de “O Massacre da Serra Elétrica” com “Amargo Pesadelo”, dois de meus filmes preferidos. Detalhe: se no Massacre o cardápio era a famosa "feijoada" de carne humana, neste filme a iguaria é um inocente empadão!

Depois de uma movimentada semana sem conseguir ver nada...


O Expresso de Von Ryan, de Mark Robson


Movimentado aventura de guerra no estilo de “Fugindo do Inferno”. Tem Sinatra sendo Sinatra e ótimas cenas de ação.
Na trama, coronel da força área doe EUA (Sinatra), lidera grupo de prisioneiros em uma fuga atrás das linhas inimigas; em vez de túnel, dessa vez é um trem. Destaque para o ótimo Trevor Howard.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Filmes da(s) semana(s):

O Desafio das Águias ****
Aristogatas ****
O Céu por Testemunha *****
Linha de Passe ***
Cães de Guerra ***
Livro de Sangue **1/2
Tumb of Ligeia ***1/2
O Dia da Ira ***
Um Ato de Liberdade *1/2
Anjos da Noite 3 *1/2