sábado, 7 de novembro de 2009

Mostra Jodorowsky no SESC centro. Imperdível!

Para quem ama cinema, o SESC está apresentando 3 filmes do "maldito" diretor chileno Alessandro Jodorowsky.
Os fimes:
Fando e Lis, de 1968 - dia 05/11
El Topo, de 1970 (clássico!) -dia 19/11
A Montanha Sagrada, de 1973 - 26/11
nos vemos lá!

É o melhor filme do ano...até The Road chegar nas telas.


BRONSON, de Nicolas Winding Refn


Ainda dentro do tema Prisão, outra película que merece ser comentada é o filme inglês, Bronson. Já tinha visto bons comentários a respeito dessa fita em outros blogs e sites de cinema mais antenados com as novidades da sétima arte. Então foi com uma certa expectativa que assisti essa realização do diretor Nicolas Winding Refn. Bastante elogiado, esse filme de prisão que venceu o London Film Festival, me surpreendeu. Esperando um bom filme, me deparei com umas das mais instigantes e originais realizações sobre o tema que vi ultimamente. Broson não é apenas um filme de prisão, acredito que se referir a ele apenas desse modo, reduz bastante seus propósitos. Não que ele não seja um filme de prisão, mas ele é bem mais que isso. Na verdade é um ataque contra o sistema carcerário inglês e sua ineficácia em relação à recuperação do individuo e inserção deste na sociedade inglesa. O que poderia ser uma narrativa simples sobre um homem que passou a grande parte de sua vida sob custodia do Estado inglês, se configurou em um estudo sobre um individuo complexo que encontrava na violência sua forma de comunicação, e a incapacidade de se adaptar a sociedade, e ela a ele. Bronson, na verdade Michael Peterson, é um notório prisioneiro inglês que passou 30 de seus 34 anos de prisão na solitária. Foi mandado para todos os tipos de prisões inglesas, manicômios e instituições, mas sempre reagia a qualquer tipo de projeto de “recuperação” com ataques violentos contra qualquer um, que eram, prontamente, revidados pelo Estado. Nicolas Winding Refn encontrou na estupenda interpretação do ator Tom Hardy (o melhor e mais impressionante trabalho que vi este ano) a perfeita encarnação da raiva incontrolável; ele nos faz acreditar que o único lugar onde Bronson se sente bem é cercado por violência. O diretor poderia se deixar levar pelo tema e fazer uma obra sobre a violência demente e sem propósito; caindo na vala comum dos realizadores atuais que vêem na exposição e na vulgarização dela um veiculo eficaz para atrair as massas sedentas por sangue. No filme, somos apresentados ao personagem pelo próprio Charles Bronsom, isto é, Michael Peterson. Antes de tudo, ele nos diz ser um ator e vai contar sua história desde infância, aparentemente sem traumas, até as ações que o levaram a uma vida inteira atrás das grades. Sempre entre o tom dramático e o satírico (às vezes parece zombar do espectador) – o personagem também esta se apresentando diante de um teatro lotado, o filme tem uma relação direta com o clássico de Kubrick, o que o parece ser inevitável em se tratando do assunto.

FUGA DE NOVA YORK, de John Carpenter



Para abrir estes comentários escolhi um dos melhores filmes da safra oitentista: Fuga de Nova York. Clássico absoluto da saudosa Sessão das Dez no SBT, que era um inferno para molecada que, assim como eu, tinha que acordar cedo no dia seguinte para cumprir seus compromissos escolares, pois todo mundo sabe que, certamente, a pontualidade não é uma das virtudes de Silvo Santos; Fuga de Nova York foi exibido à exaustão nas noites dominicais. Quando o clássico de John Carpenter era anunciado na programação da TV do homem do Baú, lá estava eu em prontidão em plena noite de domingo a espera de mais uma reprise de Cobra Plissken. Passando tanto tempo, revi esta semana, depois de alguns anos, a película de 1981. Fuga de Nova York é uma espécie de faroeste pós-apocalíptico. Para quem não sabe (será que tal ser existe?), em um futuro próximo a ilha de Manhattan se transformou em uma prisão de segurança máxima cercada por um muro de concreto de 15 metros de altura. Do lado de fora a policia está de prontidão para impedir qualquer fuga – logo no inicio da fita vemos que tal aventura será punida com a morte. Um prisioneiro de alta periculosidade está chegando à prisão no momento em que um grupo terrorista toma O Força Aérea Um e bradando contra o imperialismo ianque, joga o avião presidencial contra um prédio da cidade de Nova York. O único sobrevivente do atentado é o presidente dos EUA, vivido pelo grande Donald Pleasence em mais uma colaboração com Carpenter. Quando se descobre que o presidente, único sobrevivente fora capturado por um grupo de bandidos e qualquer ação será retalhada com a execução sumaria do Chefe de Estado americano, a solução é recrutar o homem mais perigoso dos Estados Unidos: Cobra Plissken (Kurt Russell). Ironicamente, Plissken passa de prisioneiro a única esperança de resgate do presidente. Sob o comando do chefão Halk (Lee Van Cleef, em mais uma referencia ao faroeste) Plissken é enviado para executar a missão. No meio da cidade prisão, ele se deparará com hordas de selvagens, canibais, assassinos e toda espécie de meliante. Este caos é “comando” pelo ultra-perigoso Duque de Nova York, vivido por Isaac “Shaft” Hayes. Com ajuda do Taxista Cab (Ernest Borgnine) e do homem mais inteligente da prisão, Brain (Harry Dean Stanton), Cobra Plissken, executará a missão mais perigosa e irônica de sua vida. O filme gerou dezenas de imitações; algumas até bem divertidas, outras ruins de doer. Os italianos, notórios plagiadores, deram sua contribuição com suas contrafações da película de Carpenter, mas nenhuma chegou a sua altura.
Para alguns, Fuga de Nova York não passa de uma divertida aventura B com uma espécie de Rambo anarquista. Mas para aqueles que acompanham o trabalho de John Carpenter, saberão identificar elementos de critica social inseridos no roteiro. Como um bom contrabandista, Carpenter criticar a política prisional americana através de uma “inocente” fita de ação. Com as prisões abarrotadas e a população carcerária em sua maioria formada por negros, hispânicos, pobres e excluídos; vitimas de uma sociedade que manda para traz das grades e longe de seus olhos, o que ela, na sua arrogante e preconceituosa visão de mundo, rejeita. Carpenter realizou uma diatribe contra uma política fascista do governo Norte Americano em usar a prisão como deposito de seres humanos, pois além de infratores comuns, as prisões americanas sevem para punir e tirar de circulação aqueles que se rebelaram contra o racismo da sociedade estadunidense. Em seu filme, John Carpenter abordou a problemática da situação carcerária em seu pais, mas sua abordagem pode ser perfeitamente inserida em nosso contexto, onde a violência sem limites e o Estado se omitindo cada vez mais na sua função de preveni-la – pois a prevenção é mais eficaz, mas também mais cara – opta por construir prisões onde abrigará os frutos de seu estrutural descaso com os mais pobres. Quem sabe, em um futuro não muito distante, veremos Fuga de São Paulo, Fuga de Porto Alegre ou até... Fuga de Maceió?
Depois de um período com intensas emoções, estou de volta aos comentários neste blog. Agradeço aos que mantiveram o interesse e peço desculpa pela falta de atualizações nestes dias infernais (em todos os sentidos). Como disse Nietzsche, muito bem aproveitado na abertura de Conan, O Bárbaro: “O Que não nos mata, nos torna mais forte.”

Filmes do mês de Outubro:
Inimigo público nº 1 (instinto de morte) – 8,0
Bronson – 9,0
The Last Winter – 8,0
Corrida com o diabo – 9,5
Sem saída / Eden Lake – 7,0
Vida de casado – 8,0
Ano Um – 7,5
The Man of the deep river – 5,0
Alien 3 – 9,0
Giallo – 6,0
Observe and report – 7,0
Entre o bem e mal – 8,0
Milagre em Sta. Anna – 6,0
O Rabo do Tigre – 7,5
No Direction Home – 10
Macbeth – 8,5
Fuga de Nova York – 10

domingo, 1 de novembro de 2009

Os ganhadores do Hollywood Awards.

Ator: Robert De Niro (Estamos todos Bem)

Atriz: Hilary Swank (Amelia)

Ator Coadjuvante: Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)

Atriz Coadjuvante: Julianne Moore (A Single Man)

Direção: Kathryn Bigelow (The Hurt Locker)

Roteiro: Nora Ephron (Julie & Julia)

Atriz Revelação: Carey Mulligan (Sedução)

Ator Revelação: Jeremy Renner (The Hurt Locker)

Troféu Comédia: Bradley Cooper (Se Beber Não Case)

Um Motivo para ver Mad Max 4: Fury Road.


Anne Hathaway







Rachel Weisz







Para espantar o mal...Winona Rider







Em breve.