segunda-feira, 18 de outubro de 2010


OU

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Ainda sem tempo...vai essa biografia do Pacino. O motivo? Esta semana verei três filmaços com este senhor.

“Alfredo James Pacino (Nova Iorque, 25 de abril de 1940) mais conhecido como Al Pacino, é um ator norte-americano.

Al Pacino nasceu no Bronx, filho de Salvatore Pacino e Rose Gerard, que se divorciaram quando ele ainda era criança. De ascendência italiana, o seu pai era de Corleone na Sicília e a sua mãe era filha de um italiano e de uma norte-americana de pais italianos.

O actor tem quatro irmãs: Josette, Paula, Roberta e Desiree.
Apesar de ser um dos poucos atores a nunca ter se casado, é pai de Julie Marie(nascida em 1989), fruto do seu relacionamento com a professora de teatro Jan Tarrant. Com a atriz Beverly D'Angelo é pai dos gémeos Olivia e Anton, nascidos no dia 25 de janeiro de 2001. Nos fins dos anos 60 estudou sob a supervisão de Lee Strasberg, descobrindo com isso a terapia para uma juventude deprimida e pobre, em que mal tinha dinheiro para apanhar o transporte para as audições.

O seu talento falou mais alto, tendo ganho um “Obie award” pela sua interpretação em palco de “The indian wants the Bronx” e um “Tony award” por “Does the tiger wear a necktie?”.

O seu primeiro trabalho no grande ecrã foi “Me Natalie” em 1969, mas seria em 1971 com o seu trabalho “The panic in Needle Park” que o seu talento viria ao de cima, tendo ganho a atenção do realizador Francis Ford Coppola.


A sua ascensão meteórica surgiu após ter desempenhado o papel de “Michael Corleone” no filme de grande sucesso sobre a máfia de Coppola, The Godfather de 1972. Embora muitos actores consagrados pretendessem este papel, Coppola escolheu o então relativamente desconhecido Pacino para o desempenhar.

A sua actuação rendeu-lhe uma nomeação para o Óscar de Melhor Ator (coadjuvante/secundário) e até aos finais da década de 70 conseguiu ainda mais quatro nomeações, todas elas para Melhor Actor.
Apesar de ter tido mais algumas nomeações, somente em 1993 Pacino conseguiria alcançar o almejado prémio com o filme “Scent of a woman” de Martin Brest, no qual desempenha o papel de um militar reformado, cego e com um feitio irascível; para além de ter ganho o Óscar de Melhor Ator (principal), foi também cogitado para a nomeação de Melhor Ator (coadjuvante/secundário) com o filme “Glengarry Glen Ross”; a única pessoa que conseguiu ser nomeada para os dois prémios no mesmo ano foi a actriz Julianne Moore, que em 2003 conseguiu repetir o feito, não tendo no entanto, de qualquer da vezes, conseguido ganhar nenhum deles.

Depois dessas nomeações, Pacino nunca mais foi nomeado para qualquer dos prémios; no entanto, conseguiu vencer dois Globos de Ouro.


Nos anos 80, a carreira de Pacino entrou numa curva descendente, com as suas actuações em “Cruising” e “Author! Author”, a não serem muito apreciadas pela crítica. No entanto, conseguiu mais uma nomeação para os Globos de Ouro com o filme Scarface, onde representa o papel de um barão da droga cubano. No violentíssimo filme de Brian De Palma, ele contracena pela primeira vez com Michelle Pfeiffer. Em 1992, eles voltariam a trabalhar juntos em Frankie & Johnny, sob a batuta de Garry Marshall (Uma Linda Mulher).

O reverso da medalha surge em 1985, com o filme “Revolution”, a ser considerado por alguns como a sua pior actuação de sempre, o que o levou de volta para o teatro nos quatro anos seguintes. Em 1989 regressou com “Sea of Love”, seguido de uma série de excelentes interpretações em “Carlito’s Way”, “Heat” “Donnie Brasco” e “The Recruit”. Ao longo da sua carreira, Pacino recusou vários papéis, entre eles “Han Solo” em Star Wars, “Captain Willard” em Apocalypse Now e “Edward Lewis” em Pretty Woman.

A qualidade das representações de Pacino, bem como a sua presença no grande ecrã, deram-lhe o estatuto de um dos melhores actores da história do cinema. Pacino continua a fazer teatro e começou a sua carreira como realizador, e embora o seu primeiro filme (“The Local Stigmatic”) continue por editar, os seus outros dois trabalhos (“Looking for Richard” e “Chinese Coffee”) foram bastante aclamados.”

Fonte: wikipédia

3 X Pacino

Sem tempo para postagens mais elaboradas...









quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

CORES QUENTES – PROJEÇÕES ERÓTICAS PARA FERVER O SÁBADO

CORES QUENTES – PROJEÇÕES ERÓTICAS PARA FERVER O SÁBADO

Amassos violentos, carinhosos ou letais, sedução, ciúme, libertação e esquisitices provocantes irão carregar de energia instintiva as baterias do público. O Tela Tudo Clube de Cinema realiza a mostra CORES QUENTES - projeções eróticas neste sábado (25), excepcionalmente às 13h, no Cine Sesi Pajuçara. A programação reúne clássicos e contemporâneos efervescentes e premiados do cinema de curta-metragem brasileiro para maiores de 16 anos, além de uma produção francesa. A sessão é gratuita e acontece dentro do evento 24 Horas de Cultura promovido pelo Centro Cultural do Sesi.
Esta é a segunda edição de Cores Quentes, mostra das mais concorridas do Tela Tudo. São sete curtas em temperatura crescente até atingir um clássico merecidamente revisitado e inspirador dos hortifrutigranjeiros e projeções eróticas. Venha ferver o sangue: todo volume é gradativo.

CORES QUENTES – projeções eróticas | Todo volume é gradativo.

Programação:

ESPALHADAS PELO AR [Vera Egito | fic, 15 min, 2007, SP/BRA]
Nas escadas de serviço de um prédio residencial, meninas tiram as roupas para fumar escondido dos pais. No mesmo prédio, Cora está presa em um casamento infeliz.

A MULHER DO ATIRADOR DE FACAS [Nilson Villas Boas | fic, 10 min , 1988, SP/BRA]
Num circo, o grande número é o do atirador de facas, auxiliado por sua mulher. O casal se arrisca na vida real, num espetáculo de muita perícia e frieza, que respeita um tratado de sangue.

O CÃO SEDENTO [Bruno de Salles | fic, 10 min, 2005, PB/BRA]
Em 1970, uma série de roubos de carros abala João Pessoa. O serial killer rouba, mata e queima suas vítimas, sem derramar uma gota de sangue.

O MEIO DO MUNDO [Marcus Vilar |fic, 11 min, 2005, PB/BRA ]
Num lugar distante, no meio do mundo, pai decide que é chegada a hora de levar o filho pra conhecer a vida.

BEIJO DE SAL [Fellipe Barbosa |fic, 18 min, 2006, RJ/BRA]
Numa ilha isolada na costa verde do Rio, o quarentão Rogerio Trindade tenta trazer o seu melhor amigo de volta para a boa vida.

BERNI'S DOLL [Yann Jounette | animação, 11 min, 2008, FRA]
Berni, um empregado de uma fábrica de comida para gatos, combate a solidão comprando uma mulher do terceiro mundo por partes.

ALMAS EM CHAMAS [Arnaldo Galvão |animação, 11 min, 2000, SP/BRA]
Uma incendiária história de amor.

VEREDA TROPICAL [Joaquim Pedro de Andrade | fic, 18 min, 1977, RJ/BRA]
Crônica de uma tara gentil, encontro lírico nas veredas escapistas de Paquetá, imagética verbalização e exposição vergonhosamente impudica das fantasias eróticas, Vereda Tropical contém a denúncia da vocação genital dos legumes, a inteligência das mocinhas em flor, o gosto da vida e a suma poética de Carlos Galhardo. Educativo e libertário.

Quando: SÁBADO, 25 de setembro de 2010, excepcionalmente às 13h
Onde: CINE SESI PAJUÇARA – Rua Doutor Antônio Gouveia, no. 1113 – Centro Cultural Sesi
Quanto: ENTRADA GRATUITA
Classificação indicativa: 16 anos

Deus Irae



Curta argentino que vem agradando bastante nos festivais. Trata-se de uma historia de possessão demoníaca com cenas de tirar o fôlego. Dizem que vai virar um longa.

O Profeta, de Jaques Audiard


Este excelente thriller dramático vindo da França recebeu críticas entusiasmadas por onde passou. A história mostra a ascensão de Tahar Rahim no mundo do crime. Preso por agressão a um policial, o jovem, de origem argelina, é atirado às feras na penitenciária. O que deveria ser uma atitude (re) educacional por parte do Estado, revela-se justamente o oposto: o sistema penitenciário francês é retratado como um depósito de seres humanos rejeitados pela sociedade racista; em sua maioria, para não dizer totalidade, os prisioneiros são imigrantes convertidos em assassinos, mafiosos, traficantes e todo tipo de transgressores.

Sem cair no maniqueísmo ou no moralismo, o filme apresenta personagens movidos pelo instinto de sobrevivência que jogam de acordo com as regras locais, onde o conceito de "certo ou errado" dar lugar ao "viver ou morrer".

“O Profeta” já foi comparado ao “Poderoso Chefão” ou “Scarface”. Acho que as comparações sejam injustas com a fita de Audiard, diretor do aclamado “De Tanto Bater Meu Coração Parou”: tirando o tema da escalada dentro de organizações criminosas, “O Profeta” tem uma abordagem mais intimista, psicológica e social. O interesse de Audiard está no que acontece no interior de seu personagem, dando origem, sobretudo, a um drama psicológico pesado e surpreendente.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

The Runawais, de Floria Sigismondi




A clipeira Floria Sigismondi sabe compor boas imagens, mas dirigir um filme é outra coisa. Se um filme fosse apanas uma sequencia de imagens bem elaboradas, “The Runawais” seria perfeito. Contudo precisa-se bem mais que isso para se realizar uma película. Não é só dizer uma coisa, tem que saber como dizer. Lá pelas tantas, as caras de tédio das atrizes acabam contaminando o espectator e com 30 minutos de filme eu já estava de saco cheio. Tem uma historia interessante de um icone do rock setentista que envolve tudo que tem direito: sexo,drogas e rock n' roll. Só faltou quem contá-la.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Força Sinistra, de Tobe Hooper

“Toda geração tem o Drácula que merece”... Nos anos oitenta tivemos Mathilda May.



O realizador texano Tobe Hooper tem, pelo menos, quatro clássicos no seu currículo: “O Massacre da Serra Elétrica” (75), “The Funhouse” (81), “Poltergeist” (82) e este “Lifeforce” (85) ou Força Sinistra, como ficou conhecida no Brasil está produção do grupo Canon (produtora dos picaretas Golan-Globus, responsáveis por vários sucessos B dos anos oitenta). “Lifeforce” é uma excelente mistura de horror e ficção que homenageia tanto as produções realizadas durante a paranóia comunista no auge da guerra fria (como Vampiros de Almas, de Don Siguel) como as famosas histórias vampirescas da Hammer.





No filme, vampiros do espaço vêm a terra sugar a alma dos terráqueos. Um grupo de militares e cientistas busca, desesperadamente, uma maneira de impedir este terrível plano. Nas películas tradicionais, a vida da vitima indefesa é tomada partir do sangue que é drenado de suas artérias pelo vampiro; no filme de Hooper, em vez de presas afiadas, os vampiros tomam a energia vital dos seres humanos através de um beijo, tornando-os cadáveres ambulantes e espalhando o caos em Londres.




No fundo, “Lifeforce” é o meio que o diretor Hooper e o roteirista Dan O’Bannon, encontraram, utilizando o livro “Vampiros do Espaço”, de Colin Wilson, para prestar uma homenagem muito respeitosa aos filmes de vampiros. Na trama o vampirismo é mencionado como uma lenda surgida a partir dos seres espaciais em sua visita anterior a terra, quando também chegaram acompanhado o cometa Halley. Além do ótimo roteiro do mestre Dan O’Bannon e dos fantásticos efeitos especiais, o destaque fica para a inesquecível performance da bela atriz Mathilda May (que parece ter sido transportada direto das produções da Hammer para 1985), encarnando uma espécie de versão feminina do conde Drácula. Quem já teve a oportunidade de conferir este filme que é um dos maiores clássicos dos anos oitenta, sabe bem do que estou falando. De qualquer forma, Lifeforce é um filme obrigatório para apreciadores do gênero que tanto sofrem hoje com a vulgarização do gênero na forma de vampirinhos românticos que brilham ao sol.

Em tempo, não é a primeira vez que o diretor Tobe Hooper aborda o tema do vampirismo, ele já fez isto antes no excelente “Salen’n Lot”, baseado num livro de Stephen King. De modo que, Lifeforce é um retorno ao tema deste grande diretor que enfrenta há algum tempo, um grave bloqueio criativo. Ficamos, no entanto, aguardando ansiosamente o retorno de Tobe Hooper aos bons tempos e que não demore tanto quanto a próxima visita do cometa Halley.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Os Homens que não Amavam as Mulheres, de Niels Arden Oplev



Eficiente thriller sueco baseado no livro de Stieg Larsson (é uma trilogia). A trama envolve nazismo, misoginia e política. No filme um jornalista honesto é contratado para investigar o desaparecimento de uma jovem ocorrido há 40 anos. Na empreitada conta com a ajuda de uma misteriosa hacker. Dizem que vai ser refilmado por David Fincher, não sei se é para tanto, mas vale conferir.

Filmes entre Julho e Agosto.

Sem tempo para comentar os filmes postados, segue apenas as notas de acordo com minha humilde avaliação. Até.



















O Livro de Eli - 7,0
Renascido das Trevas - 9,0
Pavor na Cidade dos Zumbis - 7,5
A Casa do Semitério - 7,5
A Herança Valdemar - 9,0
A Última Esperança da Terra - 7,0
Dersu Uzala - 10
A Princesa e o Sapo - 8,5
Auto Focus - 8,0
Ulysses - 8,0
Valhalla Rising -7,5
A Single Man - 7,0
Canibal Holocausto - 7,5
Contos do Dia das Bruxas - 8,0
The Passenger - 9,0
Os Homens que não Amavam as Mulheres - 7,5
Triangulo do Medo - 6,0

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Drama no Chile e "A Montanha dos Sete Abutres".



O drama dos mineiros presos a setecentos metros de profundidade no Chile me lembra um clássico do cinema dirigido por Billy Wilder em 1951. No filme, o personagem de Kirk Douglas (um inescrupuloso jornalista) aceita um emprego num jornaleco de fim de mundo e ver, no drama de um mineiro soterrado, a chance de sua autopromoção.

“a morte de centenas ou milhares de pessoas não tem o mesmo interesse que a morte de uma única pessoa” (Charles Tatum)

Do lado de cá da realidade, “... várias das famílias dos mineiros presos no norte do Chile apresentaram uma querela por quase delito de homicídio contra os donos da mina que desmoronou no passado 5 de agosto”. A grande mídia, pelo menos até agora, não procurou responsabilizar os donos das minas pela situação dos trabalhadores. É notória a condição absurdamente precária de trabalho dos mineiros, mas essa questão é raramente citada nas reportagens. Os familiares alertam que “as minas fechadas não dispunham de refúgios, nem de túneis de ventilação, também não tinham vias de evacuação”.
“De acordo com a publicação, "as medidas de prache" pretende anular "a responsabilidade criminosa do sistema nas tragédias coletivas e individuais".

Resta-nos a torcida pelo mais breve retorno dos trinta e três trabalhadores aos seus familiares, e que, de sua parte, a imprensa cubra com honestidade e objetividade este caso, não só se restringindo ao drama dos mineiros, mas apontando os responsáveis pelo descaso e pela desumana exploração dos mineradores chilenos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mais sobre o filme do “Detetive do Pesadelo”.


“De acordo com o diretor Kevin Munroe, se todas as questões de planejamento estiverem em ordem, em janeiro de 2009, em Nova Orleans, terão início as filmagens do filme Dead of Night, adaptação para o cinema do personagem Dylan Dog.
Munroe falou ao site ShockTillYouDrop que já está na fase de escolha dos demais atores e que já conversou com algumas pessoas interessadas em participar do filme. Ele acredita que, em breve, já possa divulgar nomes.
Outra coisa que ele está trabalhando no momento é a criação de uma criatura que será uma de muitas ameaças que o Detetive do Pesadelo terá que enfrentar. “Lobisomens, vampiros, zumbis e similares é o que não vai faltar nesse filme. Mas diferente de Hellboy, onde existem vários mundos dentro de nosso mundo, tudo acontecerá em um estilo mais clássico, ou seja, dentro do mundo real”, diz o diretor.
Nesse primeiro filme, Dylan Dog está numa fase muito ruim de sua vida e precisa recomeçar. Como é uma história de origem, o diretor aposta em uma continuação, onde a abordagem do mundo de Dylan Dog será mais intensa...
Dead of Night trará uma história criada exclusivamente para o cinema, ambientada em Nova Iorque, e não extraída das revistas do detetive.
Os roteiros estão a cargo de Joshua Oppenheimer e Thomas Dean Donnelly. Nas telas, o detetive será vivido pelo ator Brandon Routh. Ainda não há uma data exata para a estréia, que deve acontecer em 2009...”

Copiando blogs mais legais e bem informados que este resolvemos aderir à campanha...


Dylan Dog virou filme...infelizmente.




Dylan Dog virou filme... e pelo jeitão do trailer, não vem boa coisa por aí. É melhor se conformar e ficar com a versão torta do Dilan Dog no excelente filme de Michele Soavi, “Dellamorte Dellamore”.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Herança de Lovecraft


Com o lançamento do filme espanhol “La Herancia Valdemar”, temos a oportunidade de conferir mais uma obra cinematográfica baseada nas histórias do grande H. P. Lovecraft. A influência de Lovecraft na cultura pop é inestimável. E continua mais atual que nunca; para se ter uma idéia, Guilhermo Del Toro - que tem uma inegável influência de Lovecraft nos seus trabalhos está produzindo, junto com James Cameron, a adaptação para as telas de “Nas Montanhas da Loucura”; no mundo dos quadrinhos vemos a influência do escritor na obra de Mike Mignola e nas aventuras do personagem Dylan Dog; já na musica, há citações e homenagens à Lovecraft que vai de ‘Beyond the Wall of Sleep’, do Black Sabbath; passando pelas capas de discos da banda inglesa Iron Maiden à música The Call of Kutulu, do Metallica.

Pelo o que se tem notícia, a relação do cinema com o mundo criado por Lovecraft, se deu ainda na década de vinte, quando foi lançado o filme mudo chamado “The Call of Cthulhu”. Ironicamente, Lovecraft só veio atingir reconhecimento após sua morte em 1937. O escritor nasceu em Providence, nos EUA, em 1890. Filho único do casal Winfield Scott Lovecraft e Sarah Susan Phillips, Lovecraft perdeu muito sedo o contato com seu pai, vitma de uma crise nervosa, passando a ter a influência paterna exercida pelo seu avô, Whipple van Buren Phillips, que o incentivou no universo literario, sobretudo, nos contos de horror gótico. Criança doente – Lovecraft sofria de uma estranha infermidade que deixava sua pele sempre gelada - frequentou muito pouco a escola e encontrou nos livros a base para sua educação. Com a morte de seu avô, a familia passou por graves problemas financeiros, obrigando-os a morar em um escura e fria casa que agravava ainda mais o estado de saúde do jovem Lovecraft.

Na sua juventude, Howard Phillips Lovecraft começou a escrever poesias, no entanto, só chegou a escrever literatura fantástica em 1917. Publicou profissionalmente seu primeiro conto, “Dagon”, em 1923, para a revista Weird Tales. Também trabalhou como jornalista no peródo em que conheceu Sonia Greene, que viria ser sua esposa por pouco tempo. Após um divorcio amigável, Lovecraft concentra seus esforços na literatura de horror, pela qual ficaria mundialmente conhecido. São dessa época as obras, Nas Montanhas da Loucura e O Caso de Charles Dexter Ward - seu único romance.

Nos anos que se seguiram, o desenvolviemto da obra de Lovecraft, conincidiu com tragédias pessoais; entre elas, o suicidio do amigo Robert E. Howard, criador do personagem Conan. Abalado e doente, Lovecraft defiou até, em 1937, no Hospital Memorial Jane Brown, finalmente falecer vitima de uma grave doença no intestino, aos 46 anos.

Usando seu subcosciente como inpiração para sua obra literárea, Lovecraft criou uma das maiores mitologias do horror que se tem noticia: um universo composto por demônios ansestrais, seres antediluvianos e toda a sorte de criaturas estranhas que habitam o subterraneo e mundos desconhecidos. Fã de Edgar Alan Poe, Lovecraft preferiu adotar um conseito difernte na sua abordagem a literatura fantástica, enquanto Poe evocava o lado sonbriu e sordido do ser humano, Lovecraft preferiu caminhar pelo lado da fantasia, sendo chamado de “O mestre do Indizível” ou “Senhor do Inominável”.

Da mitologia de H.P. Lovecraft, surgiu uma grande quantidade de personagens e seres fantasticos que ganharam vida própria devido a importância do escritor na cultura universal. Nomes como Cthulhu, Necronomicon, Dr. Herbert West, Arkhan etc, não são estranhos àqueles que transitam pelo gênero do horror.

Um dos dos elementos que ajudaram na propagação e na consolidação de Lovecraft como um dos grandes mestres do horror; foi o cinema. Quando Lovecraft morreu, o filme de horror estava ganha espaço nas salas dos EUA. Os monstros da Universal , assustavam o povo ianque que procurava esquecer os esfeitos da depressão econômica que assolava o país. Contudo, as criaturas criadas por Lovecraft não chamavam a atanção dos estudios de cinema, que preferiam dar vida aos monstros mais populares. Talvez demônios ancestrais, aberrações do submundo, magia negra e cadávers reanimados, estivessem um pouco além do suportável para o público da época.

Com exceção do filme (na verdade um curta) “The Call of Cthulhu”, o cinema só viaria a ter a obra de Lovecraft como base para uma produção em 1963, com o filme “The Haunted Palace”, que foi baseado no livro The Case of Charles Dexter Ward. É a partir dos anos sessenta que a obra de Lovecraft, de fato, passa a ser adaptada para as telas (de TV e Cinema) com uma freqüência cada vez maior. Vieram algumas adaptações para o cinema e séries de TV como a famosa Night Gallery nos anos setenta. É bem verdade que boa parte do que foi feito a partir da obra de H.P Lovecraft, não é digna de seu legado, mas no meio deste caldeirão lovecraftiano, existem obras de bastante dignidade e que não maculam a memória do escritor.

É o caso do ambicioso projeto do diretor José Luiz Alemán, “A Herança Valdemar”, que está entre as melhores produções baseadas na obra de H.P. Lovecraft dos últimos anos. Idealizado para ser em duas partes este filme capricha na atmosfera gótica e no clima macabro. Contudo, vem dividindo opiniões talvez por transitar por vários estilos; a primeira parte é um genuíno filme de horror, depois muda para um drama fantástico e termina voltando ao gênero do início. A fita começa com uma corretora de imóveis indo terminar o trabalho de outro corretor, que desaparecera ao avaliar um velho casarão no interior da Espanha. Após descobrir - da pior maneira - o que aconteceu ao seu colega de trabalho, ela é jogada em um pesadelo macabro (pausa)... O filme nos apresenta outro personagem e, através dele, um detetive contratado para investigar o desaparecimento dos funcionários da imobiliária, somos catapultados para o passado e acompanhamos o drama da família Valdemar. Nesta parte da trama, são inseridos personagens reais na história (o infame Alester Crowley, por exemplo), que tem fundamental importância na condução dos acontecimentos responsáveis pela reputação da casa.






Como já é comum no cinema fantástico espanhol, o filme termina em seu clímax, jogando um balde de água fria no espectador. Por sorte, sabemos que vem uma continuação por aí (em 2011) que dará o desfecho adequado para, assim espero, preencher algumas lacunas que foram deixadas em branco. Em fim, para quem aprecia tramas sobrenaturais, zumbis, invocação de demônios, magia negra tudo isso realizado como se fazia antigamente, “A Herança Valdemar” é um dos melhores exemplares baseados na obra de H.P Lovecraft.

Dentre as obras cinematográficas que beberam no universo de Lovecraft e que merecem uma conferida, em minha opinião, as melhores são estas:
- Dagon, de Stuart Gordon
- Re-Animator, de Stuart Gordon
- Do Além, de Stuart Gordon
- Sonhos da Casa da Bruxa, de Stuart Gordon (da série Mestres do Terror)
- Necronomicon, de Christophe Gans e Shusuke Kaneko
- Um Feitiço de Morte, de Martin Campbell
- Renascido das Trevas, de Dan O´Bannon
- A Casa do Semitério, de Lucio Fulci
- The Haunted Palace, Roger Corman
- O inominável, de Jan-Paul Oullette

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

The Walking Dead




Algumas imagens da aguardada série de TV baseada na cultuada HQ de Robert Kirkman. É um alívio saber que o ótimo diretor Frank Darabont está por trás da produção que estréia em outubro.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Filmes de Junho:



Hércules no Centro da Terra – Peplun dirigido por Mario Bava. Hércules se embrenha em um inferno psicodélico e feito de papelão para salvar sua amada Djanira. Tem como antagonista o onipresente Christopher Lee.




A Fortaleza Escondida – Filmaço do inigualável Akira Kurosawa. Dizem que George Lucas se inspirou neste filme para criar seu “Guerra nas Estrelas”.




Jogo Bruto – Obra do inicio de carreira de Schwarzenegger. Policial se infiltra em organização criminosa para vingar a morte de filho de um amigo. O roteiro lembra “Por um Punhado de Dólares”, de Leone. Lembra...


Três dias do Condor – Excelente thriller de espionagem conduzido pelo versátil Sydney Pollack (que já foi um cara legal). O filme prima por boas interpretações (especialmente, Max Von Sydow), excelente roteiro e pelo tema extremamente atual.

Uma filha para o Diabo – Tenho uma queda pelo tema da conspiração diabólica. Portanto, qualquer trama em que discípulos do chifrudo infernizam a vidas de cidadãos comuns, já começo gostando. Conferi este filme pela primeira vez no final dos anos oitenta (acho que em 88 ou 89) e gostei bastante. Revi recentemente e devo dizer que o filme ainda funciona. Um escritor de ocultismo (Richard Widmark) recebe a missão de proteger a filha de um homem (uma jovem Nastácia Kinski) que fez um pacto com o capeta. Eles são perseguidos por um grupo de adoradores de Astaroth comandados por um padre satânico (Christopher Lee).

Morte sobre o Nilo – Classuda adaptação de um romance de Agatha Christie realizada pelo diretor da segunda versão de King Kong. Tem elenco recheado de medalhões e o destaque fica para o inesquecível trabalho de Peter Ustinov, como o detetive Hercule Poirot.

Os Argonautas – Icônica aventura com os insuperáveis efeitos de Ray Harryhausen. Ninguém fala da direção, das atuações, do roteiro... nada; as estrelas são os maravilhosos efeitos do mago Herryhausen.





Botinada – Obrigatório documentário de gastão Moreira sobre a origem do punk no Brasil. Entre outras coisas, fica a impressão de como agente entende tudo errado.



Vidas em Fuga – Adaptação da obra de Tennessee Williams conduzida pelo competente Sydney Lumet. Personagens miseráveis e decadentes compõem essa tragédia no sul dos EUA. Filme denso com fantásticas atuações de Marlon Brando e Anna Magnani (o duelo de interpretações dos dois é de arrepiar!)




Scars of Dracula – Mais uma encarnação do conde vampiro perpetrada pela Hammer. Christopher Lee veste como ninguém a capa do conde Drácula, nesta sanguinolenta sequência da série.

Os Homens que encaravam Cabras – Confesso que não esperava muito desta absurda, embora, dizem, história real sobre uma unidade do exercito americano especializada em pesquisas psíquicas. E fico feliz em dizer que estava (mais uma vez) redondamente enganado. O filme é tão bom que esqueci que tem a participação do Kevin Spacey.

A Noite das Assombrações – Mais uma obra tosca do grande Edward D. Wood Junior. Muito mais do que um filme trash, como aponta uma parcela da crítica especializada, este filme é um documento comovente de um cinema feito no peito e na raça, que supera as adversidades com muita criatividade, improviso e cara de pau. Apesar das evidentes limitações de orçamentárias, é cinema em sua essência. Na trama, o inescrupuloso Dr. Acula, engana pessoas ingênuas com seus trambiques do além. Para afastar prováveis curiosos, o Dr.Acula conta com ajuda de uma falsa fantasma, mal sabem eles que uma alma penada real ronda a propriedade.