quinta-feira, 27 de maio de 2010

Drácula faz aniversário hoje!



"Christopher Frank Carandini Lee, (Londres, 27 de maio de 1922) é um prolífico ator britânico nascido na Inglaterra e conhecido por sua versatilidade e longevidade cinematográfica, alem de um notório cantor, dono de uma voz incomparável. Chris Lee, como é chamado intimamente, ficou conhecido mundialmente interpretando o Conde Drácula, personagem que encarnou por diversas vezes pelos estúdios da britânica HAMMER FILMS."

Filmes do maior vampiro de todos os tempos:

Filmografia selecionada
The Battle of the River Plate (1956)
The Curse of Frankenstein (1957)
Dracula (1958)
The Mummy (1959)
The Hound of the Baskervilles (1959)
The Face of Fu Manchu (1965)
Dr Terror's House of Horrors (1965)
Dracula: Prince of Darkness (1966)
The Devil Rides Out (1968)
Dracula Has Risen from the Grave (1968)
Count Dracula (1970)
The Private Life of Sherlock Holmes (1970)
Horror Express (1973)
Death Line (1973)
The Wicker Man (1973)
The Three Musketeers (1973)
The Four Musketeers (1974)
The Man with the Golden Gun (1974)
To the Devil...a Daughter (1976)
End of the World (1977)
Circle of Iron (1978)
Airport'77 (1977)
Return from Witch Mountain (1978)
1941 (1979)
Once Upon a Spy (1980)
Safari 3000 (1982)
Shaka Zulu (1987)
Around the World in Eighty Days (1988)
Gremlins 2: The New Batch (1990)
Curse III: Blood Sacrifice (1991)
Police Academy: Mission to Moscow (1994)
A Feast at Midnight (1995)
Soul Music (1996) (Voz)
Wyrd Sisters (1996) (Voz)
The Stupids (1996)
Sleepy Hollow (1999)
Jinnah (2000)
The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring (2001)
The Lord of the Rings: The Two Towers (2002)
Star Wars Episode II: Attack of the Clones (2002)
The Lord of the Rings: The Return of the King (versão longa somente) (2004)
Les Rivières pourpres 2 - Les anges de l'apocalypse (2004)
Star Wars Episode III: Revenge of the Sith (2005)
Charlie and the Chocolate Factory (2005)
Corpse Bride (2005)
The Golden Compass (2008)
Star Wars: The Clone Wars (voz) (2008)
Alice in Wonderland (2010)

fonte:wikipédia

As Noivas do Vampiro.

As Noivas do Vampiro, de Terence Fisher


Depois de ver uma considerável quantidade de porcarias este mês, precisei recorrer à velha e boa Hammer para quebrar o jejum de filmes ruins.
“As Novas do Vampiro”, produção de 1960 dirigida pelo genial Terence Fisher e roteirizada por Jimmy Sangster e com o inigualável e onipresente Peter Cushing, é uma espécie de seqüência de “Horror of Drácula” sem, no entanto, a presença de Christopher Lee. Na história, um discípulo de Drácula é solto e parte em busca sangue em um pequeno vilarejo da Transilvânia. Dr. Van Helsing (Cushing) é chamado pelo pároco local, para por as coisas em ordem, quando encontra uma indefesa professora caiada na floresta. Após presta-lhe socorro, Van Helsing descobre que, ao passar a noite no castelo do vampiro, a professora se tornara alvo do nosferatu e suas escravas. A partir daí será travada uma batalha entre Van Helsing, representando a moral e as normas sociais preestabelecidas contra os imorais ou amorais (não sei) seres das trevas que devem ser exterminados, de forma brutal, com uma fálica estaca de carvalho encravada bem no meio do coração.





Psicologia barata a parte, seria um filme normal se não tivesse um dos diretores mais ousados e criativos dos estúdios da Hammer. Com Fisher no comando, a orgia sanguinolenta vem recheada de outros aspectos que dão um tom especial ao filme: há forte carga homoerótica (entre as vampiras) e insinuação de incesto entre o vampiro e sua mãe. Talvez nem Drácula tivesse a coragem de vampirizar sua própria genitora! Com isso, o vampiro de David Peel, que largaria a careira de ator para se dedicar à advocacia, já entrou para galeria como um dos grandes dentuços do cinema.





Esqueça esses vampiros molóides e cheios de frescuras, e curta-os como eles devem ser; a pura encarnação do mal. Filmão!

Filmes do mês:





• Fúria de Titãs – sem duvida, fique com o original!

• La Horde aka Legião do Mal – fique com os originais, já que o filme é um pastiche de uma pá de filmes de zumbis. Mas dá pra ver. Ganhou alguns prêmios no Fantasporto.
• Alice no País das Maravilhas - Tim Burton errou; mas ele pode.

• Vírus – se tiver tempo vale conferir, mas talvez você se aborreça como excesso de “humanidade” dos personagens.
• Aconteceu em Woodstock – Ang Lee está se redimindo... além disso, a mãe do moleque é uma das melhores personagens do ano.

• O Poder do Soul – fantástico, imperdível, maravilhoso!

• Um Homem Sério – está longe de “Barton Fink” ou “Ajuste Final”, mas é um bom filme. Quem gosta dos Coen vais curtir.

• Morrer ou Viver – inclassificável! O diretor e tarado, Takashi Miike faz jazz com o cinema.

• Survival of The Dead – mesmo quando George Romero derrapa ainda vale apena conferir o mestre no exercício da profissão, embora se apresente bastante desgastado. O filme tem uma ligação direta com “Diário dos Mortos”.

• Exercito do Extermínio (2010) – só não é melhor que o original por quase anular as intenções políticas do primeiro filme. É bom lembrar que no primeiro filme, Romero faz uma diatribe contra o autoritarismo militar e sua nulidade em lidar com situações criticas, sobretudo envolvendo os civis. Acho que o filme se equivoca ao colocar um xerife e uma médica como personagens principais. No entanto, o diretor se esquivou de edições modernosas e criou boas cenas de suspense.

• O Homem que Amava as Mulheres – mais uma obra dirigida com classe por Truffault. Assim como em “Jules and Jim”, o diretor discute o comportamento afetivo entre homens e mulheres. Desta feita, Charles Denner é um individuo incapaz de manter um relacionamento com qualquer mulher que se envolva. Longe de ser sínico, o personagem de Denner procura entender sua condição e assim escreve um livro sobre seus relacionamentos partindo de sua infância.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Caçador:Mais um filmaço da Coréia!

O Caçador, de NA Hong-jin


Uma moda recente apontava a bússola para o cinema iraniano, gerando uma febre que, acredito eu, aqueceu a produção local do Irã culminando com a importação de vários títulos para o Brasil e fazendo a alegria daqueles que procuravam uma alternativa fora do eixo Estados Unidos/Europa. Creio que essa bússola deu uma nova virada e bola da vez é o a produção asiática e mais especificamente, a coreana. Com os inúmeros sucessos do cinema de arte chinês pelo mundo a fora, o Brasil (re)descobriu uma rota para essa parte do mundo e a Coréia veio junto com as produções chinesas, japonesas, tailandesas etc. Para alguns macacos velhos, essa rota já é bem conhecida, mas para a maioria, essas produções são uma grata surpresa.
“O Caçador”, filme que participou da seleção oficial do Festival de Cannes, é mais uma obra que vem para afirmar a potência do novo cinema coreano e sua capacidade de abordar temas já conhecidos de forma surpreendente; e pelo lado do mal, a mesma capacidade de gerar matéria prima para ser pasteurizada, diluída e embalada a vácuo pela indústria cinematográfica dos E.U.A.
Dá mesma estirpe de realizadores do calibre de Park Chan-Woonk, Lee Byeong Heon, Kang Woo-suk, Bong Joo-Ho; NA Hong-jin realizou uma obra que, embora impregnada de temas já bem conhecidos dos apreciadores desse cinema, se apresenta com a mesma intensidade e poder imagético de seus colegas.
No filme, Joong-ho, um ex-detetive que se tornou cafetão, tem que encontrar uma de suas prostitutas que, acredita ele, ter sido vendida para outra facção. Logo ele irá perceber que o desaparecimento de Mi-jin está ligado a algo bem mais sério, e o sumiço dela e de outras garotas têm uma estranha ligação com um cliente em comum. Vingança, remorso, violência e um pouco de política são ingredientes que os coreanos sabem muito bem adicionar à narrativa; formando algo hibrido que é drama, thriller, horror e filme policial.
Com certeza, “O Caçador” faz parte do melhor cinema da atualidade. Não tem, pelo menos que eu conheça, um país com um cinema tão forte, tão pungente e inovador quanto o realizado pelos sul-coreanos. É como se Martin Scorcese, Coppola, Willian Friedkin e toda essa geração, tivesse se mudado para a Coréia do Sul e então, usando pseudônimos complicados, estão criando obras revolucionarias de alto nível cinematográfico e incomparável qualidade.