domingo, 27 de dezembro de 2009

The House of the Devil, Ti West


Este suspense dirigido pelo moleque Ti West aborda um tema que muito me agrada: o complô satânico, que originou grandes obras do horror como “Corrida com o Diabo” e “O Bebê de Rosemary.” O filme tem um ritmo anacrônico e quem gosta uma cadencia mais lenta que caminha sem pressa para o final, vai apreciar esta película que se passa nos anos oitenta. A história é simples que só ela: uma garota em dificuldades financeiras, aceita um trabalho de babá em uma noite onde um eclipse está para acontecer. Não é preciso dizer que a família é sinistra e a empreitada se mostra arriscada. A fita, além de se passar na década de oitenta, tem características na fotografia e na narrativa, que nos remete ao cinema de horror daquela época. Um suspense com ar saudosista e que, sobretudo, faz justiça a um tema tão maltrato nos dias de hoje, o satanismo. Não faria feio na saudosa “Casa do Terror”. Gostei bastante.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Megan Fox





Feliz natal a todos!
Sob as bênçãos de Megan Fox, que 2010 seja um ano dez vezes melhor que este!
Até lá, valeu!

Anticristo, de Lars Von Trier


Lars Von Trier continua sendo o pior diretor pornô do mundo, no entanto, tirando seu prólogo brega, Anticristo é o melhor filme do diretor espertalhão.

Helloween II, de Rob Zombie


Depois do fiasco da refilmagem do primeiro Helloween, Rob Zombie acerta a mão nesta continuação que traz um aspecto mais realista a saga de Michel Mayers para reunir sua família. Na verdade, a reunião dos membros da família é a questão principal da fita, e Rob Zombie mostrou talento em conduzir o filme do ponto de vista do assassino. Com um visual sujo – que lembra os filmes dos anos setenta - e um aspecto semi-documental ,o diretor, desta vez menos afetado, criou um filme de horror seco feito um osso e duro com uma pedra. Um oasis nos tempos crepusculares.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Filmes do mês de Novembro:



Estou mudando este mês, sem nenhum motivo relevante, a forma de classificar os filmes. Confira se estou sendo justo ou não.
Excelente *****
Muito bom ****
Bom ***
Regular **
Ruim *

Filmes:
Distrito 9 *****
O Casamento ***
O Trem do Inferno ***
Incendiário *1/2
Vampyres ***1/2
Banzé no Oeste ****
Diamante 13 **1/2
O Exterminador do Futuro (A Salvação) **
Fando & Lis ****
El Topo *****
A Montanha Sagrada *****
Atividade Paranormal ***
Rapaz Encrenqueiro ***
Waterloo ****
Fim de Caso ****
Bastardos Inglórios ***
Moon ****
Adrenalina 2 ** (poderia ter recebido mais uma estrelinha, porém é um filme covarde)

O Natal chegou mais cedo com a Mostra Alejandro Jodorowky!

Neste mês de Novembro, o SESC centro está presenteando os amantes do bom cinema com três grandes filmes do instigante diretor chileno Alejandro Jodorowky. São eles: Fando & Lis (de 1968), El Topo (de 1970) e A Montanha Sagrada (de 1973). Para quem não sabe, Jodorowky é um dos realizadores mais originais e transgressores de sua época. Adepto de um cinema nada convencional, que exige do público disposição de apreciar (ou aceitar) realizações que, na sua estrutura narrativa e na sua mise en scène, se apresentam fora dos padrões que estamos habituados, seus filmes nunca atraíram grande público. Mesmo gozando de certa notoriedade nos anos setenta, o cinema de Jodorowky ficou restrito à mostras obscuras e cineclubes que apóiam cinema underground . Nunca tendo sido um diretor popular, esse chileno descendente de argentinos e russos que foi influenciado pelo movimento surrealista na França, onde também aprendeu mímica com nada menos que Marcel Marceau, é reverenciado por grandes diretores de cinema e tem, ao longo dos anos, formado um conjunto de seguidores fiéis.
El Topo, de Jodorowky assim como A Noite dos Mortos-Vivos, de Romero, são exemplos que películas que tornaram famosas as legendárias sessões da meia-noite, onde apreciadores de cinema, vampiros e desavisados passavam as noites em companhia de obras obscuras de cineastas “malditos”. No nosso caso, não é à meia-noite e sim às dezenove horas, onde teremos a oportunidade de conferir e passar algum tempo na inquieta e criativa imaginação de Alejandro Jodorowky.

Atividade Paranormal, de Oren Peli ***


Nos dias em que Madonna veio ao Brasil para tentar atenuar o sentimento da velha culpa judaico/cristã, estou eu desesperado por um filme de horror que preste ou que pelo menos não me mate de raiva. Depois de fuçar pelos canais costumeiros, me deparei com boas criticas ao filme “Atividade Paranormal”. O sucesso do filme na gringa não me espantou, já que eles engolem qualquer coisa que tenha uma boa campanha de marketing - na verdade, nos também. O trailer, apesar de interessante, me deixou com uma pulga atrás da orelha devido aos chiliques dos moleques cagões que estavam no San Diego Comic Com - Pois é ninguém lança mais filmes em festivais, só nesses encontros de nerdes; Sinal dos tempos, meu irmão! Bom, finalmente consegui assisti-lo depois de uma certa insistência de meu irmão, que está se tornando especialista no gênero. E não é que o negocio é bom! A história não tem um pingo de originalidade e os atores são fraquinhos, mas quem se importa? O diretor é esperto e soube tirar proveito da falta de grana. Para quem não sabe, o filme custou onze mil dólares. Com muita criatividade e bom senso, o diretor, que segundo consta, fez o filme na própria casa, realizou uma exemplar fita de horror. É verdade que o roteiro está cheio de furos e carecia de uma melhorada e, convenhamos, tratar a historia como fato verídico, já está enchendo o saco e só surte efeito nos moleques cagões de San Diego. Na história: um casal compra uma câmera para filmar os supostos eventos paranormais que acontecem em sua casa. No começo, o casal é tomado por certa euforia e descrença, sobretudo por parte do marido que toma a experiência como uma espécie de diversão. E é obvio que o caldo engrossa e a brincadeira se torna assustadoramente perigosa. Não é bom adiantar certos acontecimentos, mas a trama envolve demonologia, entidades malignas (um Incubus, acho eu), possessão etc. Algumas cenas são bem construídas e garantem uns bons calafrios na espinha, sobretudo no momento onde se entende o porquê da obsessão da entidade. Não vai matar ninguém de medo (se você não for um dos moleques de San Diego, claro), mas vai ficar na sua cabeça quando você apagar a luz para dormir e pensar: fecho ou não a porta do quarto?
A maré melhorou, já estou com “A Sede” pra conferir. Até lá.




WATERLOO, de Sergei Bondarchuk****

Ambiciosa produção do lendário produtor italiano Dino de Laurentiis, junto com a MOS filme, da União Soviética. Dirigida pelo especialista em filmes que exigem multidões, Sergei Bundarchuk, a fita é uma obra sobre os últimos anos do império de Napoleão Bonaparte (Rod Steiger) tendo como ponto central a lendária batalha que batiza o filme de 1970. Os roteiristas optaram por apresentar o personagem de Napoleão longe de suas contradições e das questões políticas que são de suma importância para se entender a história; sem a burguesia não existiria Napoleão, por exemplo. Mas esse “ato-falho” dos roteiristas não prejudica o filme que tem sua força nas impressionantes cenas da batalha, filmadas com uma habilidade e um virtuosismo de cair o queixo e, principalmente, nas grandes atuações de Rod Staiger e Christopher Plummer; esse, simplesmente soberbo como o arrogante general Wellington. Plummer soube tirar proveito do personagem que, após o fim da batalha, se despe da prepotência inglesa quando se depara com a imagem aterradora do campo de batalha pilhado de corpos ensangüentados: “A pior coisa depois de perder uma batalha é vencê-la”. Outro dado interessante, é que as já mencionadas cenas de batalha foram filmadas graças à colaboração do glorioso Exercito Vermelho. Bons tempos...

BASTARDO INGLÓRIOS, Quentin Tarantino***

Este blog não é pra falar mal dos filmes. Entretanto, vou quebrar o protocolo aqui para dizer que não entendi o porquê de tanta babação de ovo em cima deste filme. A película tem, pelo menos, uma sequencia boa, a inicial que por sinal já vale o filme. O resto é de uma redundância quase enfadonha. Os ex-donos do Miramax continuam obrando milagres no que diz rspeito a vender picolé no Pólo Norte. E eu ainda ouvi por ai que é o “filme de guerra definitivo(!)” Bom, se um filme mediano é tudo isso; vivemos tempos difíceis...muito difíceis.


Na minha radiola está tocando:


Faith No More – ao vivo (da Volta) senti falta do peso da guitarra de Jim Martin.
Bad Brains – I Aganst I
The Mooney Suzuki
The Jam – The Gift