domingo, 5 de abril de 2009

Mais um filme que recebe o carimbo: “Cidade de Deus não sei lá do quê.” Isso já ta pegando mal e já passou da hora de Fernando Meireles começar a cobrar uns “hoyatesinhos” por aí; o que não é o caso de Gomorra. Diferente do filminho de Danny Boy, esse anti-poderoso chefão, tem personalidade de sobra. A opção do diretor por uma narrativa documental de ritmo lento e realista evidencia a honestidade do filme que está muito longe de um Cidade de Deus italiano. Já o de Denny Boy é outra coisa, não é comparação é plágio mesmo. Não achei Gomorra essa maravilha que estão falando por aí. Dizem que é uma espécie de renascimento do cinema italiano que andava sem relevância ultimamente. Tudo isso não passa de bobagem de jornalistasinho safado. Na verdade, pra quem conhece o cinema italiano, ele sempre foi, pelo menos pra este blog, de uma tremenda importância; Pupi Avanti, Michele Soavi e Argento, sempre mantiveram minha atenção voltada para o país de Mario Bava. Embora não ache Gomorra tudo isso, o filme está longe de ser ruim e é uma ótima opção para quem gosta de filmes máfia ralé no estilo Scorsese, aquele tipo de filme que opta por não romantizar ou mitificar o universo mafioso. Em Gomorra, não existe espaço para honra, moral ou outras questões nobres, o universo da Camorra, violenta organização italiana, é retratado de forma seca e realista onde os instintos mais baixos e desprezíveis do ser humano imperam sem dó nem piedade.