quarta-feira, 2 de junho de 2010

Os Mortos-Vivos (Dead & Buried), de Gary Sherman


Ainda com muitos filmes atrasados para conferir, incluindo “Crazy Heart” e “Preciosa” entre outros, dei uma “carteirada” e passei “Os Mortos-vivos” para o inicio da fila. Já tinha assistido a este filme há algum tempo atrás, por indicação da saudosa revista “Cine Monstro”. Gostei tanto que na época, antes de devolver o DVD à locadora, dei mais uma conferida. Certamente “Os Mortos -Vivos”, está entre os melhores filmes de horror da década de oitenta.
O título, evidentemente, indica se tratar de mais uma obra do gênero dos zumbis; o que não está cem por cento errado, só que a abordagem deste filme se distancia muito da estética “gore” tão presentes nos filmes dos mortos canibais bastante populares naquela época. Na contramão do cinema de horror italiano que com criatividade, ousadia e muita cara de pau fazia sua versão dos filmes de George Romero, acrescentando toneladas de tripas, sangue rosa e nudez, a abordagem do diretor Gary Sherman e mais discreta, porém bastante eficiente. O diretor alivia na violência explicita e capricha no clima de mistério dando preferência pela ambientação soturna graças à excelente fotografia enevoada. A propósito,Gary Sherman é um diretor que capricha na composição de enquadramentos e sequencias esteticamente bem elaboradas e bem acima da média das produções do gênero.

Ambientado em uma pequena e pacata cidade do litoral dos Estados Unidos, o filme tem uma atmosfera que se assemelha as histórias de Sthephen King; o que neste caso representa um ponto positivo.
A história: Na monótona localidade, o xerife Dan Gilis (James Farentino) investiga uma onda de assassinatos macabros e suas consequências misteriosas. Magia negra, Conspiração diabólica e zumbis são os elementos deste clássico pouco visto. Ainda tem o roteiro do Dan O’Bannon e excelente trabalho de Stan Winston. Assista antes que Michael Bay faça uma refilmagem.