sexta-feira, 2 de outubro de 2009

SALVE GERAL, O OSCAR E A CERVEJA.




Este blog não tem a pretensão de ser um ambiente de debates e discussões a cerca da sétima arte, sua intenção é ser um mero instrumento por onde demonstro minhas impressões sobre alguns filmes que considero relevantes – pelo menos pra mim. Mas, com a notícia de que mais uma vez o Brasil enviaria um representante ao Oscar, e esse representante é “Salve Geral” de Sergio Rezende, senti uma vontade danada de escrever sob essa decisão, no mínimo questionável, de eleger este filme como a única produção digna a nos representar na terra do tio Sam. É bom deixar claro que não vi “Salve Geral” e talvez nunca o veja, devido ao histórico filmográfico desse diretor que me desagrada bastante. Não tenho nada contra Sergio Rezende, mas seus filmes, como já vi alguém dizer: são obras cujo talento do diretor está aquém de suas histórias. Mas essa não é a questão. Posso até ser redundante na minha indagação: Mas o que diabos faz com quer um filme que ninguém ou quase ninguém viu, seja habilitado para disputa do Oscar?! Como já falei, eu ainda não vi, mas aposto com você que, seguramente, temos realizações bem mais gabaritadas para essa missão. Seria um Oscar para Globo Filmes, talvez? Quem sabe eles, da Globo Filmes, estejam desesperados por uma estatueta douradamente brega para legitimar suas produções de quinta? E quem escolheu essa “superprodução” para a corrida do Oscar? Qual estratégia adequada para se faturar um Oscar? Nos últimos anos, já enviaram um filme com um pirralho para sensibilizar os corações de pedra da academia... e nada; Já enviaram um filme com a visão global da esquerda brasileira... e nada; Tentaram Bruno Barreto (de novo!) com a versão picareta do estupendo documentário de José Padilha... e nada. Não está na hora de deixarmos de hipocrisia e mandar um legitimo representante de nosso cinema? Quem sabe se os críticos de cinema com mestrado em publicidade, tivessem votado na produção mais sincera da Globo Filmes, “Os Normais 2”, a gente tivesse alguma chance?

Este texto foi escrito ao som do senhor Skip James e seu Hard Time Killin’ Floor Blues. Cortesia do amigo Gustavo.

Meus amigos, estarei me casando por esses dias e devido a esse evento, me ausentarei por um pequeno período de nosso blog. Mas logo estarei de volta, agora um homem sério e casado e com uma ressaca das boas! Até a próxima.
Outra coisa, essa é pra o “Moreno do Sheddar”: vai perder essa, meu velho!