quinta-feira, 27 de maio de 2010

As Noivas do Vampiro, de Terence Fisher


Depois de ver uma considerável quantidade de porcarias este mês, precisei recorrer à velha e boa Hammer para quebrar o jejum de filmes ruins.
“As Novas do Vampiro”, produção de 1960 dirigida pelo genial Terence Fisher e roteirizada por Jimmy Sangster e com o inigualável e onipresente Peter Cushing, é uma espécie de seqüência de “Horror of Drácula” sem, no entanto, a presença de Christopher Lee. Na história, um discípulo de Drácula é solto e parte em busca sangue em um pequeno vilarejo da Transilvânia. Dr. Van Helsing (Cushing) é chamado pelo pároco local, para por as coisas em ordem, quando encontra uma indefesa professora caiada na floresta. Após presta-lhe socorro, Van Helsing descobre que, ao passar a noite no castelo do vampiro, a professora se tornara alvo do nosferatu e suas escravas. A partir daí será travada uma batalha entre Van Helsing, representando a moral e as normas sociais preestabelecidas contra os imorais ou amorais (não sei) seres das trevas que devem ser exterminados, de forma brutal, com uma fálica estaca de carvalho encravada bem no meio do coração.





Psicologia barata a parte, seria um filme normal se não tivesse um dos diretores mais ousados e criativos dos estúdios da Hammer. Com Fisher no comando, a orgia sanguinolenta vem recheada de outros aspectos que dão um tom especial ao filme: há forte carga homoerótica (entre as vampiras) e insinuação de incesto entre o vampiro e sua mãe. Talvez nem Drácula tivesse a coragem de vampirizar sua própria genitora! Com isso, o vampiro de David Peel, que largaria a careira de ator para se dedicar à advocacia, já entrou para galeria como um dos grandes dentuços do cinema.





Esqueça esses vampiros molóides e cheios de frescuras, e curta-os como eles devem ser; a pura encarnação do mal. Filmão!